Trump pede que Apple elimine políticas de diversidade e inclusão após acionistas votarem a favor de iniciativas
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Trump assina ordem executiva no Salão Oval, na Casa Branca. — Foto: Reuters
Trump assina ordem executiva no Salão Oval, na Casa Branca. — Foto: Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira (26) que a Apple elimine suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Na véspera, acionistas da fabricante do iPhone votaram para mantê-las.
A Apple, no entanto, seguiu caminho contrário, mesmo diante da crescente resistência de grupos conservadores.
“A Apple deveria se livrar das regras do DEI, não apenas fazer ajustes nelas. O DEI foi uma farsa que foi muito ruim para o nosso país. O DEI acabou!“, escreveu Trump em uma publicação em sua rede social, o Truth Social.
A Apple não respondeu imediatamente a um pedido de comentário feito pela agência Reuters.
A reunião anual da fabricante do iPhone, na última terça-feira (25), foi vista como um teste das opiniões dos acionistas sobre os programas de diversidade e inclusão, que muitas empresas adotaram ou reforçaram a partir de 2020, em meio ao movimento Black Lives Matter.
Os defensores dessas políticas dizem que elas tratam de preconceitos, desigualdade e discriminação de longa data.
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A Apple disse manter um esforço ativo de supervisão para evitar riscos legais e afirmou que a proposta restringia inadequadamente a administração.
A empresa divulga dados sobre a diversidade da força de trabalho, mas não estabelece metas ou cotas, concentrando seus esforços de DEI em programas como uma iniciativa de justiça racial que apoia faculdades e universidades historicamente negras nos EUA.
“A força da Apple sempre veio da contratação das melhores pessoas e da criação de uma cultura de colaboração, na qual pessoas com diversas origens e perspectivas se reúnem para inovar”, disse o presidente-executivo da empresa, Tim Cook, na reunião de terça-feira.
Mas ele também sinalizou que a empresa pode fazer alguns ajustes em resposta a novos desdobramentos.
“À medida que o cenário jurídico em torno dessas questões evolui, talvez precisemos fazer algumas mudanças para cumpri-las, mas nosso lema de dignidade e respeito por todos e nosso trabalho para esse fim nunca vacilarão”, disse Cook.
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A empresa planeja aumentar a capacidade de suas unidades de produção já existentes nos EUA e construir uma nova fábrica em Houston, Texas, destinada a produzir servidores que até agora eram fabricados “fora dos Estados Unidos”, segundo o comunicado da empresa.
“A razão, a fé no que estamos fazendo, sem a qual eles não estariam investindo um centavo. Obrigado, Tim Cook e Apple!”, escreveu o presidente em sua rede social Truth Social.

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