Xi, Putin e Kim Jong-un falam sobre imortalidade e que ‘pessoas vão viver até 150 anos’ em conversa captada por microfone

Microfone capta conversa de Xi, Putin e Kim Jong-un sobre imortalidade

Microfone capta conversa de Xi, Putin e Kim Jong-un sobre imortalidade

Segundo a agência de notícias Bloomberg, enquanto subiam o Portão da Paz Celestial para participar da cerimônia que marcaria o 80º aniversário da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, os três começaram a conversar sobre longevidade e Xi comentou sobre a possibilidade de as pessoas viverem até 150 anos.

“As previsões são de que, neste século, também há uma chance de viver até os 150 anos”, afirmou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente da China, Xi Jinping, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, chegam a um desfile militar para comemorar o 80º aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, em Pequim, China, na quarta-feira, 3 de setembro de 2025. — Foto: Sergei Bobylev, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente da China, Xi Jinping, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, chegam a um desfile militar para comemorar o 80º aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, em Pequim, China, na quarta-feira, 3 de setembro de 2025. — Foto: Sergei Bobylev, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

O áudio da conversa durou menos de um minuto, caiu em alguns momentos e captou apenas pedaços da interação. A conversa começa com Xi falando em mandarim. Um tradutor, retransmitindo os comentários de Xi em russo, então, é ouvido dizendo: “Antigamente, as pessoas raramente viviam até os 70 anos, mas hoje em dia, aos 70 anos, você ainda é uma criança”.

Putin então responde, gesticulando com os dedos, antes do tradutor transmitir os comentários do líder russo em mandarim:

“Com o desenvolvimento da biotecnologia, órgãos humanos podem ser continuamente transplantados, e as pessoas podem viver cada vez mais jovens, e até mesmo alcançar a imortalidade”.

O terceiro tradutor é ouvido repetindo em coreano uma referência a transplantes de órgãos.

Mais tarde, ao ser questionado sobre a conversa, o presidente russo confirmou seu teor e brincou: “Nós realmente discutimos se as pessoas poderiam viver mais”.

Xi, de 72 anos, está encerrando seu atual mandato e se prepara para um possível quarto mandato à frente da China em 2027. Putin, também de 72, alterou as leis de seu país para lhe permitir governar a Rússia por mais tempo.

Kim é o mais novo, com 41. A ida dele a Pequim com a filha aumentou as especulações de que ele a esteja preparando como sucessora.

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Trump acusa trio de conspiração

O encontro dos três líderes e a boa interação entre eles não agradou os Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, afirmou em rede social que Vladimir Putin, Kim Jong-un e Xi Jinping estariam conspirando contra os Estados Unidos.

Em seu post na Truth Social, Trump também afirmou que esperava que Xi destacasse a ajuda que os EUA deram à China durante a Segunda Guerra Mundial e alfinetou:

“Muitos americanos morreram na busca da China pela vitória e glória. Espero que sejam justamente homenageados e lembrados por sua coragem e sacrifício. Por favor, transmita meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong Un, enquanto vocês conspiram contra os Estados Unidos da América”.

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O Kremlin negou que Putin esteja conspirando contra os EUA.

“Espero que tenha sido ironia [de Trump]. Não há conspirações, ninguém está tramando nada. Nenhum desses três líderes sequer teve tal ideia. Todos compreendem o papel que os EUA, o governo Trump e o próprio presidente desempenham nos atuais assuntos internacionais”, disse o principal assessor de Putin, Yuri Ushakov.

O desfile militar que reuniu os três nesta quarta exibiu tropas marchando, sobrevoos aéreos e armamentos de última geração, como mísseis hipersônicos, drones e tanques modernos.

Ao discursar na cerimônia, Xi afirmou que a China tem um compromisso com a paz e pediu às nações que evitem a “repetição de tragédias históricas”. Ele também declarou que, agora, o mundo está diante da escolha entre paz ou guerra.

O desfile ocorre em meio a tensões globais. A postura de “América em primeiro lugar” de Trump e a guerra comercial travada por Washington com diversos países têm abalado alianças históricas.

Mais cedo nesta semana, em uma cúpula regional, o presidente chinês apresentou sua visão de uma nova ordem mundial, pedindo unidade contra o “hegemonismo e a política de poder” — numa crítica velada aos Estados Unidos.

No contexto, também está a guerra na Ucrânia. Em entrevistas recentes, Trump disse estar “muito decepcionado” com Putin e afirmou que os EUA planejam adotar medidas para reduzir mortes na guerra da Rússia na Ucrânia.

O presidente americano declarou ainda não estar preocupado com o fortalecimento das relações entre Rússia e China e afirmou que os EUA são superiores aos dois países militarmente.

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