Itamaraty reage a manifestação de secretário de Estado americano sobre julgamento: ‘ameaças não intimidarão’

STF condena Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão
- organização criminosa armada;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado; e
- deterioração de patrimônio tombado.
No texto, o Itamaraty defende que o julgamento foi realizado “com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988” e que “as instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo.”
“Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia”, diz a manifestação do ministério.
O Itamaraty também afirmou que “continuaremos a defender a soberania do País de agressões e tentativas de interferência, venham de onde vierem.”
‘Caça às bruxas’

Trump diz que condenação de Bolsonaro é ‘terrível’ e afirma estar ‘muito insatisfeito’
Em um post na rede social X, Marco Rubio prometeu que os EUA “responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”.
“As perseguições políticas do violador de direitos humanos Alexandre de Moraes, sancionado, continuam, já que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”, afirmou.
Veja a íntegra da postagem:
O Poder Judiciário brasileiro julgou, com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988, os primeiros acusados pela frustrada tentativa de golpe de Estado, que tiveram amplo direito de defesa. As instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo.
Continuaremos a defender a soberania do País de agressões e tentativas de interferência, venham de onde vierem.
Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia.