Arrecadação federal alcança R$ 226,7 bilhões em novembro e registra recorde histórico

Arrecadação bateu recorde em novembro e no acumulado do ano — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Arrecadação bateu recorde em novembro e no acumulado do ano — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 226,7 bilhões em novembro deste ano, informou nesta segunda-feira (22) a Receita Federal.
O resultado representa um aumento real de 3,75% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 218,5 bilhões (valor corrigido pela inflação).
Também foi a maior arrecadação já registrada para meses de novembro desde o início da série histórica da Receita Federal em 1995 — ou seja, em 31 anos.
💸 Além do aumento do IOF, a taxação das bets (incluindo a arrecadação de loterias) também contribuiu para o aumento da arrecadação, fator que rendeu R$ 850 milhões em novembro deste ano.
A alta na arrecadação foi fruto, ainda, do crescimento do Imposto de Renda sobre aplicações financeiras – decorrente da elevada taxa de juros – e também dos juros sobre capital próprio.
Parcial do ano
Arrecadação federal bate recorde nos oito primeiros meses do ano
Nos onze primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 2,59 trilhões — sem a correção pela inflação.
Em valores corrigidos pela variação dos preços, a arrecadação totalizou R$ 2,62 trilhões de janeiro a novembro, o que representa um crescimento real (acima da inflação) de 3,25% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou R$ 2,54 trilhões.
O montante também é o recorde histórico para a arrecadação federal no período.
📈 Além da alta do IOF, o governo também contou com o aumento de outros tributos, efetuados nos últimos anos, para melhorar a arrecadação em 2025. São eles:
- tributação de fundos exclusivos, os “offshores”;
- mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados;
- retomada da tributação de combustíveis;
- tributação das bets;
- imposto sobre encomendas internacionais (taxa das blusinhas);
- teoneração gradual da folha de pagamentos;
- e fim de benefícios para o setor de eventos (Perse).
Meta fiscal de 2025
Congresso aprova LDO e determina pagamento de 65% das emendas parlamentares no 1° semestre
- Há, no entanto, um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual previsto no arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas).
O governo pode ter um déficit de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões.
Para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 44,1 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais.




