Coreia do Sul, França e Rússia pedem medidas mais fortes contra Pyongyang

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In, pediu neste domingo (3) “o castigo mais forte” contra a Coreia do Norte, incluindo novas sanções da ONU (Organização das Nações Unidas), após o governo de Pyongyang afirmar ter testado com êxito uma bomba de hidrogênio. Moon pediu “todas as medidas diplomáticas e sobretudo sanções no Conselho de Segurança da ONU para isolar completamente a Coreia do Norte”, informou o assessor do presidente Chung Eui-Yong, após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional. “O presidente ordenou trabalhar com a comunidade internacional para encontrar o castigo mais forte”, declarou Chung. A Coreia do Sul solicitará a implantação dos “ativos estratégicos mais fortes dos militares dos EUA”, disse ele, citando Moon e referindo-se ao arsenal nuclear tático que Washington retirou da península em 1991. CORO Não foi só a Coreia do Sul quem pediu uma demonstração de força da comunidade internacional contra o governo do ditador Kim Jong-un. O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu uma reação com “a maior firmeza”, alegando que o novo teste nuclear norte-coreano “viola a paz e a segurança”. “O presidente da França insta os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas a reagirem rapidamente após essa nova violação pela Coreia do Norte do direito internacional.” Além disso, o chefe de Estado francês informou em comunicado que “quer uma reação conjunta e clara da União Européia”. A Rússia também adotou o mesmo tom usado pelo presidente francês. Em comunicado neste domingo, o governo russo diz que o novo teste norte-coreano “merece a condenação mais forte”, mas pede cautela. “Esta última manifestação de desprezo de Pyongyang diante das exigências das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e das normas do direito internacional merece a condenação mais forte. Mas devemos manter a calma e evitar ações que conduzirão a uma nova escalada”, informa comunicado do Ministério de Relaciones Exteriores da Rússia. Já a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, avaliou o novo teste norte-coreano como um ato “extremadamente lamentável” e de “total desprezo” pelas reiteradas exigências internacionais, declarou Yukiya Amano, chefe da AIEA. Foi a sexta vez que o governo da Coreia do Norte realizou testes nucleares.