EUA chamam conferência da ONU sobre solução de dois Estados para Israel de ‘golpe publicitário’
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/O/i/o6F5X9R2Cbqu5UYoiIJQ/2025-07-28t180110z-1289809211-rc2svfa12sd2-rtrmadp-3-israel-palestinians-conference-un.jpg)
O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot, fala durante uma coletiva de imprensa com o ministro das Relações Exteriores saudita, Faisal bin Farhan Al-Saud, copresidente de uma conferência internacional de alto nível das Nações Unidas , organizada pela França e pela Arábia Saudita para trabalhar em prol de uma solução de dois Estados entre Israel e os palestinos — Foto: REUTERS/Kylie Cooper
O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot, fala durante uma coletiva de imprensa com o ministro das Relações Exteriores saudita, Faisal bin Farhan Al-Saud, copresidente de uma conferência internacional de alto nível das Nações Unidas , organizada pela França e pela Arábia Saudita para trabalhar em prol de uma solução de dois Estados entre Israel e os palestinos — Foto: REUTERS/Kylie Cooper
Os Estados Unidos rejeitaram uma conferência das Nações Unidas que reuniu dezenas de ministros para trabalhar em prol de uma solução de dois Estados entre Israel e os palestinos, nesta segunda-feira (28), em Nova York.
Em um comunicado, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, chamou a proposta de “golpe publicitário”:
“Este é um golpe publicitário que ocorre em meio a delicados esforços diplomáticos para encerrar o conflito. Longe de promover a paz, a conferência prolongará a guerra, encorajará o Hamas, recompensará sua obstrução e minará os esforços reais para alcançar a paz”.
A reunião da ONU desta segunda também foi boicotada por Israel. Organizada pela França e pela Arábia Saudita, a conferência estava marcada para ocorrer desde setembro do ano passado e chegou a ser adiada em junho depois que as tropas israelenses atacaram o Irã .
Em seu discurso, o Ministro das Relações Exteriores saudita Faisal bin Farhan Al-Saud pediu que todos os países apoiassem o objetivo da conferência de um roteiro que estabeleça os parâmetros para um Estado palestino, ao mesmo tempo em que garanta a segurança de Israel .
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez o discurso de abertura.
“Devemos garantir que isso não se torne mais um exercício de retórica bem-intencionada. Pode e deve servir como um ponto de virada decisivo — um que catalise o progresso irreversível em direção ao fim da ocupação e à concretização de nossa aspiração compartilhada por uma solução viável de dois Estados”, defendeu.
O primeiro-ministro palestino Mohammad Mustafa — um funcionário da Autoridade Palestina que exerce autonomia limitada na Cisjordânia sob ocupação israelense — pediu a todos os países que “reconheçam o Estado da Palestina sem demora”, acrescentando:
“O caminho para a paz começa com o reconhecimento do Estado da Palestina e sua preservação da destruição. Os direitos de todos os povos devem ser respeitados, a soberania de todos os Estados deve ser assegurada. A Palestina e seu povo não podem mais ser a exceção”.