EUA e China estenderão trégua tarifária por mais 90 dias, diz jornal chinês

EUA anunciam acordo comercial com China, em meio à guerra tarifária

EUA anunciam acordo comercial com China, em meio à guerra tarifária

Os Estados Unidos e a China estenderão sua trégua tarifária por mais 90 dias, de acordo com o jornal chinês “South China Morning Post”.

Segundo reportagem publicada neste domingo (27), fontes ouvidas pelo jornal afirmam que essa é a expectativa para a terceira rodada de negociações entre os dois países, que irá ocorrer em Estocolmo, na Suécia, nesta segunda-feira (28).

Uma fonte disse que as duas nações se comprometerão a não impor tarifas adicionais uma à outra, nem intensificar a guerra comercial por outros meios.

Três pessoas familiarizadas com a posição de Pequim, dizem que a delegação chinesa também pressionará a equipe comercial de Trump sobre tarifas relacionadas ao fentanil, já que o presidente Donald Trump, impôs uma taxa adicional de 20% sobre as importações chinesas, em março, alegando que Pequim não havia feito o suficiente para interromper o fluxo da droga para os EUA.

De acordo com uma delas, o governo chinês pode aceitar uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações se as taxas adicionais fossem suspensas.

O acordo entre os dois países

  • As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas caíram de 145% para 30%.
  • As taxas da China sobre os produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%.

China e EUA anunciam acordo para pausar tarifaço

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“A má notícia é que a China, talvez sem surpresa para alguns, VIOLOU TOTALMENTE SEU ACORDO CONOSCO”, postou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019. — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo

O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019. — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo

Algumas horas depois do post do presidente americano, a China se pronunciou através de um comunicado divulgado por sua embaixada em Washington. Pediu que os Estados Unidos acabem com as “restrições discriminatórias” contra Pequim e que os dois lados “mantenham conjuntamente o consenso alcançado nas negociações de alto nível em Genebra”.

“Desde as negociações econômicas e comerciais entre a China e os EUA em Genebra, ambos os lados têm mantido comunicação sobre suas respectivas preocupações nos campos econômico e comercial em várias ocasiões bilaterais e multilaterais em vários níveis”, disse o porta-voz da embaixada, Liu Pengyu.

Relembre a guerra tarifária entre China e EUA

A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril.

A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.

Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.

No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma “pausa” no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção.