Exportações de frango podem cair neste ano, mas vendas de ovos devem disparar, diz associação

Ovo — Foto: Unsplash / Mads Eneqvist
Ovo — Foto: Unsplash / Mads Eneqvist
As exportações de frango do Brasil devem cair até 2% em volume, em 2025, para 5,2 milhões de toneladas, na comparação com o ano passado, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Entre janeiro e julho, a queda foi de 1,7%.
De janeiro a julho, as exportações brasileiras de frango para os chineses caíram 32,2% em relação a 2024.
Mesmo assim, a entidade prevê que as vendas a outros países devem voltar a crescer em 2026, em torno de 5,8%.
Ainda não há previsão de retomada das compras por China e União Europeia. Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, os chineses estão analisando documentos enviados pelo governo brasileiro.
O Chile, por sua vez, informou que deve voltar a comprar nesta ou na próxima semana.
Enquanto isso, a produção nacional de frango deve continuar em expansão. A previsão é que ela cresça até 3% em 2025 e outros 2% em 2026.
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Vendas de ovos batem recorde antes do tarifaço
Ao contrário do frango, as exportações de ovos devem fechar o ano com crescimento recorde de 116,6% em relação a 2024, impulsionadas pela demanda dos EUA, que perdeu milhares de aves pela gripe aviária.
O presidente da ABPA destacou que o crescimento nas vendas ocorreu antes do tarifaço de 50% imposto pelo presidente americano Donald Trump. “A gente não sabe em qual patamar vão ficar as exportações para os EUA após o tarifaço“, disse Santin.
Mesmo assim, ele afirmou que a produção americana segue baixa.
Os norte-americanos também respondem por 2% das exportações globais de suinocultura do Brasil. É um percentual pequeno, mas que representou a entrada de USS 33 milhões ao setor brasileiro neste ano. “Não queremos perder isso“, afirmou o presidente da ABPA.
O setor também trabalha com o governo brasileiro para tentar reverter o tarifaço.
Para 2026, a ABPA prevê crescimento menor, de 12,5%, nas exportações de ovos.
A produção nacional de ovos também deve continuar crescendo. Para este ano, a previsão é de alta de 7,5% e, para 2026, de 4,8%
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