Facebook, sob ameaça de regulação crescente, entrega dados nos EUA

Numa sequência de posts assinados pelos seus principais executivos, o Facebook entregou os pontos e anunciou que vai repassar aos congressistas americanos os anúncios e outros dados vinculados à Rússia, durante a campanha de 2016. O primeiro a falar foi o fundador e presidente Mark Zuckerberg, com vídeo e transcrição no próprio Facebook. Logo em seguida veio o diretor jurídico, Colin Stretch, enfatizando que “foi uma decisão difícil, a divulgação de conteúdo não é algo que fazemos levianamente”. A derrota do Facebook ecoou pelas manchetes de “New York Times” e outros, sublinhando que a plataforma estava na defensiva desde o último dia 6, quando divulgou ter passado as mesmas informações ao procurador especial que investiga elos da campanha de Donald Trump com a Rússia. A pressão chegou ao extremo nos últimos dias, com o mesmo “NYT”, a CNN e a revista “Bloomberg Businessweek”, entre vários outros, destacando que os congressistas vinham ameaçando o Facebook com regulações antes impensáveis, por exemplo, sobre o tráfico sexual na plataforma. Também na quinta, a número 2 do Facebook, Sheryl Sandberg, diretora operacional, postou que está reforçando os controles, com “mais supervisão humana”, sobre o direcionamento de publicidade para usuários antissemitas, uma das denúncias que se seguiram ao dia 6. VITÓRIA NA ALEMANHA Em seu post, dividido em tópicos, Zuckerberg aborda no nono e último os esforços feitos na eleição alemã, que ocorre no domingo, para combater a propagação de “fake news”. Segundo jornais alemães e sites de mídia como Poynter, uma ação bem-sucedida. Mas a derrota nos EUA escondeu a eventual vitória na Alemanha. ABUTRES Ecoando “A Montanha dos Sete Abutres”, filme de 1951 que é referência para o jornalismo, autoridades mexicanas suspenderam as buscas e afirmaram não haver mais crianças vivas na escola atingida pelo terremoto. Canais como Televisa e CNN vinham cobrindo o caso dramaticamente, falando de Frida Sofia, criança ao que parece fictícia, segundo as autoridades.