Governo projeta novas sanções dos EUA com julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe

Lula reforça tom nacionalista com boné e recados contra tarifaço
O governo Lula projeta uma nova leva de sanções dos EUA motivada pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Como Trump exigiu o encerramento dos processos de Bolsonaro, integrantes do governo Lula avaliam que a relação com os EUA entra em uma “fase crítica”, na qual uma eventual condenação do ex-presidente provocará novas sanções econômicas e contra ministros do STF.

Lula e Trump — Foto: Adriano Machado/Reuters; Evelyn Hockstein/Reuters
Lula e Trump — Foto: Adriano Machado/Reuters; Evelyn Hockstein/Reuters
Reciprocidade
Auxiliares de Lula entendem que é preciso avançar nos procedimentos para utilizar a reciprocidade caso seja necessário. Como a aplicação da lei exige um trâmite longo, uma eventual retaliação aos EUA ficaria para o final desde ano ou para 2026.
Diplomatas acreditam que o começo do processo possa abrir caminho para o diálogo com os americanos, que têm evitado negociações sobre o tema.

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O governo iniciou o processo após concluir que cristalizou a percepção no Brasil e no exterior de que o motivo do tarifaço é político.
No momento, fontes afirmam que não se cogita adotar barreiras tarifárias ou sobretaxas contra os EUA. As respostas a novas sanções seriam políticas, porque taxações provocariam um efeito ruim para o setor produtivo brasileiro.
A resposta aos EUA, no caso de novas sanções, será feita de olho na repercussão interna e externa. As ideias ainda são discutidas como possibilidades.

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Entre as medidas especulada estão ações envolvendo propriedade intelectual, como a quebra de patentes de remédios, e a tributação de aplicativos de streaming.