Itamaraty diz que ministro da Defesa israelense profere ‘ofensas inaceitáveis’ e pede apuração sobre morte de jornalistas em Gaza

Ministro da Defesa de Israel critica Lula

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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) classificou como “ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis” declarações do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O Ministro da Defesa e ex-chanceler israelense, Israel Katz, voltou a proferir ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis contra o Brasil e o Presidente Lula”, diz o texto publicado pelo Itamaraty em uma rede social.

Ataque israelense mata cinco jornalistas na Faixa de Gaza

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O Itamaraty completou a manifestação – publicada em uma rede social – destacando o número de mortes de palestinos nas operações militares israelenses em Gaza e lembrando que Israel é investigado pela Corte Internacional de Justiça por possível “violação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.”

“Como Ministro da Defesa, o senhor Katz não pode se eximir de sua responsabilidade, cabendo-lhe assegurar que seu país não apenas previna, mas também impeça a prática de genocídio contra os palestinos”, conclui o texto.

Relações diplomáticas em nível inferior

“Temos a continuidade do genocídio na Faixa de Gaza, que não para, todo dia mais gente morre”, declarou Lula.

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Indicado ao cargo em janeiro, o diplomata Gali Dagan nunca recebeu o chamado “agrément”, uma autorização que teria de ser dada pelo Brasil para ele atuar como embaixador.

Na prática, o governo não recusou o agrément, mas deixou o pedido sem resposta – o que é normalmente tratado como uma recusa. Na segunda, o governo israelense retirou a indicação e informou que não enviaria um novo nome.

“Não houve veto. Pediram um agrément e não demos. Não respondemos. Simplesmente não demos. Eles entenderam e desistiram. Eles humilharam nosso embaixador lá, uma humilhação pública. Depois daquilo, o que eles queriam?”, disse Amorim.