Rubio diz que relacionamento entre EUA e Brasil está em ‘trajetória positiva’ e não descarta encontro entre Trump e Maduro

Lula e Trump. — Foto: Ricardo Stuckert/PR
Lula e Trump. — Foto: Ricardo Stuckert/PR
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou nesta sexta-feira (19) que as relações entre os Estados Unidos e o Brasil estão em uma “trajetória positiva” e que os EUA valorizam a boa relação entre os presidentes Donald Trump e Lula.
“Acho que avançamos em algumas coisas com o presidente Lula, incluindo comércio, mas ainda há trabalho a ser feito. Os dois presidentes se deram bem, e achamos isso importante. Falei com o chanceler [brasileiro] no início desta semana e temos muitos temas em comum com o Brasil nos quais gostaríamos de trabalhar juntos. (…) Tivemos algumas divergências em algumas coisas ao longo dos anos também, mas sinto que esse relacionamento está numa trajetória positiva”, afirmou Rubio em resposta à pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl.
A fala de Rubio consolida uma mudança na relação entre o Brasil e os EUA, que em poucos meses foi de inexistente e com tarifas e sanções para amigável e com reconsiderações:
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Perguntado se os EUA aceitarão a oferta de Lula para mediar a escalada de tensões e militar com a Venezuela, Rubio disse apenas que o governo Trump sabe da boa vontade do presidente brasileiro para ajudar. O secretário de Estado americano também não descartou um encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
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O governo Lula conseguiu, no final de novembro, a derrubada do tarifaço dos Estados Unidos para alguns produtos brasileiros.
“A derrubada da taxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a vários produtos agrícolas brasileiros é uma vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso”, afirmou o presidente Lula.
A Casa Branca anunciou a retirada da tarifa de 40% para mais de 200 produtos brasileiros, entre eles carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. Eles foram incluídos em uma “lista de exceções” do tarifaço aplicado ao Brasil em agosto.
A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas.


