UE pede ajuda da China para convencer Rússia a aceitar cessar-fogo na guerra da Ucrânia
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Ursula Von der Leyen em 20 de março de 2025 — Foto: Reuters/Yves Herman/File Photo
Ursula Von der Leyen em 20 de março de 2025 — Foto: Reuters/Yves Herman/File Photo
A União Europeia pediu ajuda da China para convencer a Rússia a aceitar um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta quinta-feira (24).
Ursula von der Leyen disse que expressou ao governo chinês as preocupações da UE sobre o conflito, que completou três anos em fevereiro, e espera que o presidente Xi Jinping use sua influência para pressionar o presidente russo, Vladimir Putin.
“Pedimos à China que use sua influência para levar a Rússia a aceitar um cessar-fogo, iniciar negociações de paz e pôr fim ao derramamento de sangue. (…) A forma como a China continuará a se posicionar em relação à guerra de Putin será um fator determinante para nossas relações daqui em diante”, disse ela.
Falando em Pequim, capital chinesa, após se reunir com Xi Jinping em cúpula econômica entre o bloco europeu e a China, von der Leyen acrescentou que a relação entre europeus e chineses estão em um “ponto de inflexão” neste momento, e que é importante pôr fim ao derramamento de sangue na Ucrânia.
A fala da chefe da UE ocorre um dia depois do 3º encontro de negociações diretas entre Ucrânia e Rússia pelo fim da guerra. O encontro não gerou grandes avanços, e ambos os países dizem estar longe um do outro nas condições que cada um quer para chegar a um acordo, apesar de pressão internacional por um cessar-fogo imediato. A Rússia adota um tom pessimista, e a Ucrânia rejeita “ultimatos” russos.
O governo chinês não respondeu publicamente à fala de von der Leyen até a última atualização desta reportagem. No entanto, Xi Jinping disse aos líderes do bloco europeu que é necessário trabalhar para aprofundar laços de confiança em um mundo conturbado e que é possível encontrarem um “terreno comum” apesar das diferenças, segundo a emissora estatal chinesa CCTV.
“Quanto mais grave e complexa for a situação internacional, mais importante é que a China e a UE reforcem a comunicação, aumentem a confiança mútua e aprofundem a cooperação”, disse Xi à von der Leyen e ao presidente do Conselho Europeu, António Costa.
A China é um aliado geopolítico da Rússia, e adotou uma maior aproximação aos russos nos últimos meses em um contexto que, segundo o governo chinês, é de “mudanças cruciais” no cenário internacional. Ainda não se sabe qual efeito prático o pedido da von der Leyen terá nas discussões por um cessar-fogo, que se encontram em um impasse.
O governo chinês mantém uma posição oficial de neutralidade em relação à guerra na Ucrânia, que começou após a invasão de tropas russas no território do país vizinho em fevereiro de 2022, mas é criticado por governos ocidentais por um apoio econômico crucial a Moscou. A China já rejeitou acusações de fornecer de armas à Rússia e de ter enviado de combatentes chineses para lutar no conflito pelo lado russo.
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